Organizar os objetivos e gerir equipes com eficiência pode ser um problema tanto para PMEs (pequenas e médias empresas) quanto para multinacionais com filiais em muitos países. O ex-CEO da Intel Andrew Grove, buscando uma gestão mais eficaz, criou o Método OKR (Objectives and Key Results), de fácil compreensão e execução.
A Metodologia OKR já é utilizada por inúmeras empresas e organizações do Vale do Silício, como o Twitter, Linkedin, Dropbox e Airbnb. O Google é outro que segue o método desde 1999. Ou seja, não se trata de algo novo e não testado.
E como estamos falando sobre empresas que deram certo, é importante frisar que, segundo esta pesquisa do SEBRAE, a falta de gestão estratégica está no topo dos motivos que leva empresas brasileiras à falência. Com os OKRs, essa realidade pode mudar.
A técnica divide os objetivos da empresa em resultados-chave menores, calculáveis e que podem ser acompanhados.
Ah, vale lembrar que a Metodologia OKR não se confunde com KPI, que é a metodologia relacionada aos indicadores de metas mais comuns, do dia a dia. Se quiser saber sobre KPI, acesse este artigo.
Então vamos lá! Continue neste artigo para aprender a implementar OKRs na sua instituição e decolar o crescimento!
Para usar o Método OKR, ou fórmula OKR, você precisa entender primeiro o que significa cada conceito envolvido. Um OKR sempre envolve objetivos, mais gerais, e os resultados-chaves, formas mensuráveis de alcançar cada objetivo.
Dessa forma:
Confira abaixo um exemplo disso:
Objetivo: oferecer excelência na experiência do cliente.
KRs:
Nas 400 empresas consultadas em uma pesquisa da Leadership IQ, apenas 15% dos funcionários acreditavam que a função deles contribuía diretamente com os objetivos da instituição. Um resultado bastante frustrante para qualquer gestor.
Esse baixo engajamento ou comprometimento pode ter múltiplas causas. Uma estrutura burocrática e complexa, por exemplo, acaba afastando e desestimulando os colaboradores. Líderes que não passam feedbacks também comprometem o engajamento do time.
Nesse sentido, utilizar OKRs pode aumentar a adesão dos colaboradores, gerando alinhamento entre eles e a empresa, e vamos te explicar o porquê.
A metodologia OKR não é engessada, muito pelo contrário! Ela pode e deve ser sempre revisitada e acompanhada, o que agrega agilidade e dinamicidade ao processo. Ela deve ser adaptada à cultura e necessidades da empresa. Ou seja, um OKR que funciona bem em uma organização não necessariamente irá ser a melhor solução para outra.
Assim, a transparência também é outro ponto que faz toda a diferença. É aqui que os colaboradores se engajam mais, uma vez que todos os funcionários da instituição estão envolvidos no processo e cientes do progresso dos OKRs. É muito mais fácil gerar engajamento em quem conhece, entende e participa dos processos.
Nesse sentido, dependendo do caso, pessoas de diferentes equipes podem verificar o andamento de OKRs de outras áreas. Também podem existir objetivos que envolvem colaboradores de áreas diferentes, o que gera ainda mais comunicação e sinergia entre os times.
Dessa forma, pode-se considerar que o OKR é, ao mesmo tempo, bottom-up e top-down. Sabe o que isso significa? Que as metas podem vir tanto da gerência (top-down, de cima para baixo) quanto dos funcionários (bottom-up, de baixo para cima).
Assim, há uma melhor compreensão do propósito e estratégia, acelerando e simplificando todo o processo de OKR.
Esse método também é, antes de tudo, muito intuitivo e de fácil implementação. Ele não demanda conhecimentos avançados em algum software, sistema ou ferramenta específicos. Também não envolve cálculos complexos. Isso o torna acessível para pessoas com diferentes áreas de atuação ou níveis de escolaridade. Ou seja, é uma Metodologia bastante democrática, podendo ser aplicada em empresas de qualquer porte e segmento.
Agora que você já entendeu como o OKR pode facilitar a vida no ambiente profissional (ou até mesmo pessoal, acredite!), é hora de aprender a usá-lo na prática.
É importante que você guie as definições pela seguinte frase modelo:
Eu vou (objetivo), medido por (resultados-chave).
Assim, na hora de definir os resultados-chave, tenha sempre coerência e clareza em mente: eles precisam ser específicos, mensuráveis e estimulantes. Por óbvio, devem estar alinhados ao objetivo principal. Dessa forma, você assegura a identificação dos colaboradores e os engaja com o propósito.
Vale lembrar ainda que nem tudo precisa ser definido pela diretoria: quanto mais os funcionários participarem de forma ativa e recorrente, melhor. É mais um ponto que aumenta ainda mais a adesão ao projeto.
Na hora de definir prazos, não deixe nada para muito no futuro. O risco de que um objetivo ou resultado-chave seja esquecido é grande, porque eles não são enxergados como prioridade pela equipe quando aparenta haver muito tempo para a sua realização.
Por isso, não custa repetir que a transparência é indispensável: a equipe deve saber exatamente o andamento de cada OKR. As métricas são fundamentais: é por meio delas que o desenvolvimento de cada resultado-chave é acompanhado de forma consistente e extensiva.
Caso surjam desafios pelo caminho ou complicações envolvendo algum dos tópicos, são as métricas que vão auxiliar o time a “voltar para os eixos”. Peter Drucker, importante nome no estudo da gestão, diz que é necessário conseguir medir para poder gerenciar.
Por fim, não esqueça de monitorar o progresso de acordo com a prioridade, o prazo e a definição de metas. Isso é fundamental. As reuniões podem ser mensais ou quinzenais, por exemplo. A escolha vai depender das necessidades e condições de cada empresa. Um dos diferenciais desse método é revisar, acompanhar e medir cada resultado-chave constantemente.
Pode ser muito positivo fazer uso de uma ferramenta ou software para implementar e gerenciar os OKRs da empresa. Dessa forma, você terá as informações reunidas em um lugar já configurado com esse objetivo. Algumas plataformas reúnem esse recurso junto a outros relacionados à gestão de pessoas e competências, como avaliações de desempenho, PDI’s e matriz nine box.
Por mais fácil e intuitivo que o Método OKR seja, ele não é imune a erros. Confira alguns dos mais corriqueiros equívocos e evite essas pedras no sapato:
Em tempos de instabilidade, aplicar a metodologia OKR pode ser uma excelente opção para que se dependa cada vez menos do contexto econômico, deixando de ficar vulnerável às mudanças do mercado. Isso porque a empresa cresce de forma consistente, com a gestão organizada e de forma contínua e acompanhada. O resultado é uma organização cada vez mais sólida.
Assim, se a sua empresa é uma startup, por exemplo, com rápido crescimento e mudanças constantes, isso exige uma forma de acompanhamento ágil e eficiente, compatível com a ambição do time.
Como explicamos aqui, usar a metodologia de OKRs é adequado nas mais diversas situações. Então, o que você está esperando para começar?
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Como posso utilizar o OKR
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