De acordo com dados do IBGE, havia 14,8 milhões de pessoas desempregadas no Brasil em março de 2021. Ao ler isso, pode ser natural concluir que não há motivo para preocupação com o engajamento e a manutenção dos colaboradores em uma empresa. Afinal, esse número indicaria a existência de muitos potenciais substitutos.
No entanto, agir com base nessa lógica pode resultar em altos custos, principalmente relacionados aos índices de turnover. Para evitar esse risco, um plano de ação bastante simples consiste na aplicação de pesquisas de engajamento.
Neste artigo, vamos abordar o que é uma pesquisa de engajamento e qual é a importância dela para a empresa.
Uma pesquisa de engajamento é um questionário com perguntas simples que investiga quais são os elementos da empresa que mantêm os funcionários engajados e quais são os elementos que prejudicam o envolvimento com a organização.
Assim, ela busca identificar quais são os pontos que favorecem altos níveis de energia mental, esforço, resiliência, concentração e imersão por parte dos trabalhadores. Para esse fim, a pesquisa inclui perguntas sobre dois principais fatores: os recursos e as demandas do trabalho. Falaremos sobre eles a seguir.
Os recursos do trabalho são os componentes que servem para auxiliar as pessoas em suas atividades. Podem ser psicológicos (como autoestima, autoeficácia e autocontrole), físicos (relacionados às condições do local de trabalho), referentes à tarefa (como prática de feedback e nível de autonomia), sociais (ligados ao relacionamento entre colaboradores) ou organizacionais (por exemplo, perceção de justiça).
As demandas do trabalho são os elementos físicos, psicológicos, sociais e organizacionais que exigem constantemente esforço e habilidades específicas do colaborador.
Exemplos de demandas são as exigências de força, o nível de interferência do trabalho na vida pessoal, existência de burocracias e o ritmo de mudanças na organização.
Uma empresa que avalia o engajamento dos colaboradores pode usufruir de muitas vantagens. Observe algumas das principais:
A pesquisa de engajamento fornece insumos para uma tomada de decisão estratégica. Ela nos dá informações sobre o que precisa ser modificado nos recursos oferecidos pela empresa e nas demandas feitas aos colaboradores, além de indicar em que parte da empresa isso precisa ser feito.
Em organizações que se preocupam com o engajamento de seus funcionários, pode-se esperar maiores níveis de bem-estar no trabalho. O bem-estar no trabalho expressa três dimensões muito importantes: satisfação, envolvimento e comprometimento afetivo.
Desse modo, empresas que fazem pesquisas de engajamento tornam seus ambientes mais prazerosos e envolventes, e os colaboradores identificam-se com elas mais facilmente. Eleva-se o desejo de permanência dos colaboradores, o que se traduz na diminuição da intenção de rotatividade, nos índices de turnover da empresa e, consequentemente, no aumento da retenção de talentos.
Baixos níveis de engajamento podem indicar a existência de um quadro adoecido de funcionários. Ao identificar esses índices por meio da pesquisa de engajamento, é possível compor estratégias que previnam transtornos como a síndrome de burnout, depressão e ansiedade, e doenças ocupacionais.
Assim, a pesquisa de engajamento tem o poder de auxiliar nos processos de promoção de saúde dos colaboradores. Por esse motivo, enquanto o bem-estar favorece a retenção dos talentos, a promoção de saúde pode tornar a empresa ainda mais atrativa e fomentar um desenvolvimento sustentável.
Neste artigo, apresentamos a pesquisa de engajamento e os motivos que a fazem ser uma ferramenta tão importante. Talvez a ideia que você precise guardar seja a seguinte: a pesquisa de engajamento permite compreender o que move os colaboradores e como isso pode ser benéfico para eles e para a empresa.
Agora que você conhece a pesquisa de engajamento, que tal aprender mais um pouco sobre um dos elementos que ela avalia? O nosso artigo sobre o papel do gestor no engajamento da equipe é uma opção ideal para isso.
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