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Downsizing: o que é e quais os objetivos?

O gerenciamento de tempo e recursos é uma preocupação constante. Mas em tempos de crise, é ainda mais evidente. A estratégia de downsizing pode ser uma solução para essa preocupação.

Essa estratégia é utilizada para aumentar a eficiência organizacional, produtividade, competitividade e otimização de recursos. Para isso, podem ser feitas reduções de equipes, redução de custos, de burocracias e mudança de processos e de comunicação a fim de agilizá-los e melhorá-los.

Essa prática ganhou força em períodos de crises econômicas, avanços tecnológicos e globalização, assim, as empresas se forçaram a repensar o modelo de negócio.

Veja neste artigo o conceito de downsizing, objetivos e formas de aplicar!

O que é downsizing?

Downsizing consiste em enxugar equipes e processos, reduzindo o número de colaboradores – em último caso –, retirando etapas burocráticas dos processos da organização, alinhando objetivos empresariais e melhorando a comunicação entre membros e equipes.

É uma técnica que se baseia na crença de que menos é mais! Menos desalinhamento, menos burocracia, menos etapas e mais performance de equipe, mais resultados, mais qualidade nas entregas e mais foco nas necessidades dos clientes! Porém, enxugar agora, pode significar expandir no futuro: reduzir pessoas, limpar e organizar a casa, para depois, atrair novos membros que se enquadrem no cenário novo.

Vantagens

O downsizing pode trazer diversos benefícios às organizações! Veja alguns:

Rapidez nas tomadas de decisões e nas ações

Com menos pessoas para analisar e dar opinião profissional nas decisões a serem tomadas, o processo ocorre de forma mais rápida, passando menos tempo pela fase de análise e partindo mais rápido para a ação que traz resultados. Porém, não significa que não há planejamento dos passos, quer dizer apenas que será uma etapa mais rápida e fácil de ser realizada.

Comunicação rápida e sem ruídos

A técnica faz com que a mensagem tenha menos obstáculos no caminho a ser percorrido, assim, diminui as chances de distorção e, novamente, acelera o processo. O downsizing permite que uma comunicação horizontalizada seja estabelecida, onde colaboradores e líderes podem se comunicar em um mesmo nível, sem necessidade de passar por interceptores.

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Redução de custos

Aplicando downsizing, os gestores podem reduzir gastos de processos burocráticos e gastos com pessoal, focando recursos no resultado final dos serviços e produtos.

Aumento da produtividade

Com menos burocracias e menos verticalização na empresa, os colaboradores se tornam mais produtivos e motivados a desempenhar suas funções, que também tendem a não depender de terceiros para sair do papel.

Foco no cliente

A redução do corpo empresarial permite que líderes e gestores foquem os esforços nas necessidades do cliente.

Como implantar

Antes de mais nada, é preciso lembrar que as pessoas são o maior capital que uma empresa pode ter. São elas que garantem o sucesso e crescimento da empresa. Portanto, mesmo em situações de crise, é preciso investir e valorizar os colaboradores o que, nesse cenário, significa retê-los o máximo possível, caso de fato apresentem uma performance adequada ou que supere as expectativas.

Para instituir o downsizing é preciso planejar bem as ações. Nesse sentido, antes de sair cortando colaboradores da empresa, é preciso averiguar profundamente quais gastos podem ser racionalizados, reduzidos ou cortados e quais processos podem ser cortados ou otimizados.

Afinal, crises internas e baixos resultados organizacionais podem ser devido ao apoio inadequado a clientes, qualidade inferior de produtos e serviços frente ao mercado, dentre outros motivos, e não somente a custos com a parte administrativa.

A partir de então, é preciso motivar os colaboradores que continuam no time para que eles entendam as decisões e estejam alinhados à gestão durante todo o processo.

Aos poucos, ao colocar em prática o plano de ações que envolve o desenho dos novos processos, estabelecimento de uma boa e forte cultura organizacional (que faça os membros vestirem a camisa do negócio), atualização de mercado, produtos e serviços, espera-se que a empresa amplie mercado e se modernize. De acordo com a necessidade do negócio, a longo prazo, é possível que a organização abra novos processos de recrutamento, atraindo talentos que se alinhem à nova cara do negócio.

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) é um exemplo de instituição que adotou o downsinzing, em 2006. A organização precisou reestruturar a área de TI com intuito de reduzir custos de manutenção e obter retorno de investimento e maior flexibilidade no mercado.

Uma reestruturação organizacional pode ser o que muitos negócios precisam neste momento para responder a uma instabilidade da economia. O downsizing surge como uma alternativa viável, para simplificar e otimizar o processo.

Se quiser aprender como medir o ROI no RH, para tomar as decisões corretas na empresa e basear as estratégias de downsizing em dados precisos sobre os investimentos, confira esse artigo aqui.

 

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Efeitos do downsizing

Caso a empresa tenha otimizado o máximo possível os processos, reduzido custos, retirado benefícios – em último caso também – tentado todas as possibilidades e, mesmo assim, ser necessário reduzir o quadro de funcionário, é muito importante saber quais são os seus efeitos colaterais.

Baixo engajamento

Para quem fica na empresa, pode gerar um ambiente de insegurança e menor comprometimento dos colaboradores pós-downsizing, uma vez que pessoas próximas podem ser demitidas.

Dessa forma, em vez de relatar apenas decisões ou permitir que rumores e ambiguidades ocorram, é preciso garantir que todos estejam totalmente informados sobre os objetivos do downsizing, as estratégias a serem adotadas, os custos envolvidos, o prazo, e assim por diante.

Outro risco muito sério do downsizing, quando não há um bom planejamento, é demitir talentos e colaboradores que contribuem muito com os resultados e crescimento da empresa.

A fim de evitar esse risco, é crucial uma avaliação de desempenho para diagnosticar quais são os diferentes perfis que possuímos na empresa. Além disso, a análise gráfica do Nine-Box pode auxiliar a perceber quais são os talentos e quais são os colaboradores que estão performando abaixo do mínimo esperado. Por exemplo, no Nine-Box abaixo, o avaliado 10 e o avaliado 6 receberam notas baixas nos critérios de Competências e de Potencial, o que pode ser um indicador de baixa performance.

Aqui também é importante certificar que os gestores sejam acessíveis e interajam frequentemente com os afetados pelo downsizing, em vez de sucumbir à tentação de evitar confronto, dor e desconforto associado a essa estratégia.

Perda de memória organizacional

Caso a empresa precise demitir colaboradores, a memória da organização pode se perder. Por isso, é muito importante que os gestores se certifiquem que a gestão do conhecimento da organização está em dia. Assim, evita-se, por exemplo, a perda de processos, muitos essenciais para o dia a dia da organização.

Por exemplo, se o colaborador responsável por uma atividade específica vai embora e não há registros de como fazer a tarefa que ele executava, a próxima pessoa a assumir a função poderá perder tempo descobrindo do zero como fazer. Ou ainda, a demanda poderá ser esquecida, fazendo falta em um futuro próximo.

Veja abaixo o exemplo de um processo mapeado.

Prejuízo à imagem institucional

Demissões em massa e cortes de gastos podem gerar um desconforto da sociedade para com a instituição. Assim, possíveis parcerias e futuros recrutamentos podem ser prejudicados. Portanto, além de uma boa comunicação interna para que os passos e motivações do Downsizing fiquem claros, também é preciso comunicar com a comunidade na qual a organização se insere.

Portanto, é importante que os líderes estejam cientes dos efeitos colaterais do downsizing para que assim consigam se planejar e não sejam pegos de surpresa.

 

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Vitória Lima

Vitória Lima

Sou graduanda em Psicologia, com enfoque em Psicologia Organizacional e do Trabalho, pela Universidade de Brasília. Atuo nessa área porque acredito que o bem-estar no trabalho pode fazer toda a diferença na nossa vida, uma vez que passamos em média 1/3 do nosso dia a dia no trabalho.

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