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remuneração por meritocracia

Remuneração por meritocracia: como funciona?

Políticas de reconhecimento de colaboradores podem ser cruciais no aumento e na manutenção da produtividade, que influencia diretamente no crescimento da empresa. Uma das estratégias que tem gerado resultados efetivos é a remuneração por meritocracia. Com ela, quem apresenta melhores resultados, recebe maiores bonificações e pode ter mais chances de ser promovido.

Esse sistema permite que à medida que um colaborador alcança as metas e tem resultados satisfatórios, ele seja capaz crescer na empresa na mesma proporção. Assim, o aumento dos resultados organizacionais se tornam cada vez mais frequentes, já que o colaborador tem um motivo a mais para se dedicar. Por isso, esse modelo de bonificação é considerado uma chave para o enfrentamento da concorrência e da globalização, que deixa o cenário mais competitivo.

Quer saber como ter um ambiente organizacional mais produtivo? Continue a leitura e descubra as situações recomendáveis para implementar o sistema de remuneração por meritocracia, como montar esse modelo e os benefícios que ele oferece.

O que é a remuneração por meritocracia?

De maneira geral, meritocracia (do latim meritum, “mérito” e do grego cracía, “poder”) pode ser definida como um tipo de sistema social que reconhece as posições de poder na sociedade considerando os méritos individuais de cada pessoa.

Trazendo para o âmbito organizacional, a meritocracia prevê que aqueles colaboradores que desempenham as funções com êxito, muitas vezes além do esperado, devam ser recompensados. Para premiar essa conduta, programas como participação nos lucros, batimento de metas e comissões por vendas podem ser implementados.

Há também outras formas de gratificação à esses profissionais, como posições superiores na organização, bônus e outros.

Para tal, podem ser levados em consideração aspectos como empenho, comprometimento, foco, dedicação, profissionalismo, as ideias e os resultados de cada colaborador.

Mas lembre-se: é preciso ter cautela para executar esse método! Antes de tudo, é fundamental definir os indicadores, isto é, critérios que podem ser fixados para medir se aquele profissional está alcançando os resultados que precisa, para que haja a remuneração por meritocracia. É o caso de batimento de metas, entregar resultados acima do esperado, se mostrar proativo, ir além do que está no contrato, dentre outros parâmetros de avaliação.

Benefícios da remuneração por meritocracia

Construir uma boa cultura organizacional, que contribua para a motivação e produtividade da equipe é uma das tarefas do RH. Por isso, a adoção de métodos que levam em conta a valorização das pessoas podem ser cruciais nos resultados da organização. 

Com os estímulos do sistema de remuneração por meritocracia, os colaboradores se sentem mais engajados, focados, eficientes e produtivos. Logo, os resultados e lucratividade da empresa crescem também.

Além disso, em um ambiente em que todos estão buscando alcançar resultados efetivos, aqueles colaboradores que não estão cumprindo prazos ou não têm tido um desempenho aceitável acabam se motivando também, tendo como exemplo o reconhecimento conquistado pelos colegas.

Além de aumentar a produtividade da equipe e o engajamento dos colaboradores (o que contribui diretamente para o crescimento da empresa), o sistema de remuneração por meritocracia ajuda a filtrar os talentos da empresa. Afinal, profissionais qualificados buscam, antes de tudo, serem valorizados pelo trabalho.

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Como montar um modelo de remuneração por meritocracia?

Para que o modelo de remuneração por meritocracia seja realmente proveitoso, é essencial seguir etapas antes de implementá-lo efetivamente, para que assim a gestão seja bem estruturada e eficiente. Veja:

1- Estude as possibilidades de benefícios

Antes de viabilizar esse modelo, faça uma reunião com outros gestores e com a diretoria da empresa para alinhar a viabilidade de colocar a remuneração como uma recompensa de meritocracia ou mesmo outras vantagens e benefícios para os profissionais.

Verifique a possibilidade de aumentar salários, cargos, ou realizar o pagamento de bônus conforme produtividade, para então definir a estratégia de gestão.

2- Não crie metas que não possam ser cumpridas

É claro que as metas devem ser estabelecidas conforme o desenvolvimento gradual da empresa e dentro do que é realmente viável. Afinal, metas inatingíveis só poderão piorar o nível de produtividade da equipe, desmotivá-los ou mesmo comprometer a saúde mental dos colaboradores.

Por isso, proponha uma visão otimista para alcançar os objetivos, sem sobrecarregar o colaborador, e sim acrescentar valor ao trabalho deles. 

3- Faça um planejamento para não afetar a coletividade

Apesar de ser uma forma de valorização dos colaboradores, a remuneração por meritocracia pode afastar o espírito de equipe e gerar competição, se não for bem estruturada.

Com metas individuais, os profissionais tendem a ser individualistas e não coletivos, não pensando no bem da empresa, e sim em si mesmos. 

Por esse motivo, é importante não se limitar apenas a objetivos individuais como critério de avaliação, mas também aquelas atuações coletivas e suas respectivas recompensas.

4 – Estabeleça com transparência os critérios de mérito

Posteriormente, defina com clareza para os colaboradores os critérios para que a meritocracia seja alcançada. Afinal, o que é mérito para uma empresa não é regra para as demais.

Por isso, é fundamental esclarecer os requisitos (conforme as demandas e necessidades da organização em questão) a serem batidos assim como os métodos de avaliação, para que aquele profissional desfrute das recompensas mais facilmente.

5- Estruture avaliações de desempenho

Para se certificar com precisão quais são os profissionais produtivos, que cumprem as responsabilidades com dedicação, é fundamental utilizar a avaliação de desempenho. Essa ferramenta permite analisar a performance de um colaborador ou de um time inteiro.

Com ela é possível avaliar competências técnicas e comportamentais dos colaboradores. Assim, aspectos como prazos cumpridos, metas alcançadas, ideias sugeridas e implementadas, poderão ser acompanhados pelo sistema de gestão.

Vale destacar a importância de fazer ciclos de avaliação periódicos (trimestral, semestral e anual) para que, assim, você possa notar em que nível está o avanço dos colaboradores e o que precisa ser desenvolvido para alcançar o patamar pretendido.

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6. Estimular a cultura do feedback

Outro ponto importante é incentivar a cultura do feedback. Afinal, ela tem o poder de motivar, inspirar e direcionar os colaboradores de uma companhia. Isso porque a prática revela aos profissionais os próprios erros e acertos, sendo focado no desenvolvimento do colaborador e não no resultado. 

Com essa perspectiva, o feedback auxilia o colaborador a alcançar o potencial máximo e, por consequência, atingir as devidas recompensas.

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Conclusão

Além de ser uma maneira de recompensar os profissionais pelos esforços na companhia, o sistema de meritocracia agrega valor à empresa, tanto nos resultados quanto nos lucros, já que interfere na produtividade dos colaboradores.

Por ser um sistema complexo que envolve a valorização dos profissionais, a implantação desse sistema deve ser feita de forma metódica e cuidadosa conforme a disposição da organização.

Durante a implementação, é necessário analisar com cautela todos os aspectos envolvidos. Isso porque a competitividade e o individualismo não podem ser mais fortes do que a cooperação do trabalho em equipe.

De maneira geral, a meritocracia nas empresas deve ser um instrumento importante que ajuda a aumentar a produtividade, estimulando os colaboradores a trabalharem mais e melhor. Assim, os profissionais vêem mais significado em seu trabalho e se tornam mais motivados e engajados.

Existem outras maneiras de alinhar os objetivos do colaborador e da empresa: os plano de cargos e salários! Saiba como desenvolver um plano de crescimento profissional!

 

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Elis Martins

Elis Martins

Psicóloga pela Universidade de Brasília (UnB) com ênfase em Psicologia Organizacional e do Trabalho. Já atuou em mais de 200 empresas ao longo da sua carreira alinhando a transformação digital ao processo de desenvolvimento humano.

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