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absenteismo no trabalho

Absenteísmo: o que é e como lidar?

Não é segredo para nenhum profissional de RH que o sucesso da empresa dentro de um mercado cada vez mais competitivo está intimamente ligado com o comprometimento e a produtividade dos colaboradores na organização, não é mesmo?

No entanto, durante a gestão de recursos humanos, eventuais adversidades surgem ao longo do percurso, como o absenteísmo no trabalho. Além de comprometer significativamente os resultados da organização, esse fenômeno ainda demonstra que algo não vai bem com os funcionários, com a instituição ou na interação entre eles.

Por isso, abordaremos a seguir mais detalhes sobre o que é e como lidar com o absenteísmo. Ao continuar a leitura, você vai conhecer os impactos do absenteísmo e aprender como solucionar de uma vez por todas essa questão.

O que é Absenteísmo?

O termo absenteísmo vem do latim absens e significa “estar ausente, afastado ou fora de algo”.

Logo, dentro da organização, absenteísmo refere-se a ausência ou conduta faltosa prolongada, repetida e não esperada de determinados funcionários.

Esse fenômeno é multifatorial, ou seja, tem várias causas. Entre as justificativas desse comportamento, estão: falta de motivação, doenças e enfermidades, motivos familiares e pessoais, dificuldades financeiras e/ou de transporte até o local de trabalho, dentre outros.

Como calcular a taxa de Absenteísmo?

Para calcular a taxa de absenteísmo, é necessário determinar a proporção entre o número total de faltas e atrasos e o total de horas trabalhadas pelos funcionários. Assim, para calcular a taxa, normalmente se utiliza a fórmula:

Taxa de absenteísmo (%) = (número total de funcionários x total de faltas e atrasos) ÷ (número total de funcionários x total de dias trabalhados) X100

Por exemplo, se você tem 50 funcionários que têm em média 1 dia de falta em um mês em que trabalham 8 horas por dia durante 20 dias, você insere esses valores na fórmula para calcular a porcentagem da taxa de absenteísmo. 

Assim:

Taxa de absenteísmo (%) = (50 x 1) ÷ (50 x 20) X100 = 5%

Qual é a diferença entre rotatividade e absenteísmo?

Absentismo e rotatividade são indicadores distintos relacionados ao comportamento do colaborador no local de trabalho.

Com isso, o absentismo refere-se especificamente à medição das faltas dos colaboradores no trabalho, enquanto a rotatividade foca na taxa de saídas e entradas de colaboradores dentro de uma empresa ao longo de um período determinado. 

Tanto o absentismo quanto a rotatividade têm o potencial de impactar a produtividade dentro de uma organização. Portanto, ao monitorar esses indicadores, as empresas podem obter insights sobre questões subjacentes em sua estrutura e operações.

Absenteísmo versus Presenteísmo

Há ainda o presenteísmo que, ao contrário do absenteísmo, acontece quando o funcionário está fisicamente no ambiente de trabalho, mas apresenta limitações físicas ou psíquicas que reduzem sua capacidade de produzir.

Na verdade, esse efeito está mais presente nas empresas do que se imagina: De acordo com uma pesquisa da Workfront, empresa de softwares dos EUA, que questionou os próprios funcionários sobre horas de trabalho e produtividade, somente 39% do expediente é realmente produtivo.

Ou seja, não é porque o colaborador está na estação de trabalho que ele está trabalhando.

Segundo estudo, dor, desconforto, qualidade de sono comprometida, estresse são alguns fatores associados ao presenteísmo.

Quais são os impactos do absenteísmo?

Como a empresa não terá o profissional à disposição, inúmeras consequências podem surgir. É o caso de:

  • Aumento de horas de trabalho para outros membros da equipe;
  • Despesas com contratos temporários para suprir a ausência do colaborador afastado;
  • Perda de prazos e consequentemente a insatisfação dos clientes.

Essas consequências estão diretamente ligadas a gastos para a diretoria e por isso são impactos tão grandes. Nos Estados Unidos, por exemplo, o custo do absenteísmo é de mais de 40 biliões de dólares por ano. Porém, nem sempre o desligamento do funcionário é a melhor opção.

Isso porque esse processo tem desdobramentos burocráticos, remanejamentos e contratação de novos colaboradores, gerando custos que podem ser driblados se outras medidas forem tomadas.

Então, é preciso estudar o perfil dos colaboradores a fim de compreender seu comportamento. Isso é essencial para manter um ambiente organizacional agradável, evitando problemas futuros e também sanando os contratempos atuais.

Nesse sentido, o RH precisa investir em formas de entender as necessidades de cada colaborador e empenhar-se para desenvolvê-lo. A partir de um conjunto de estratégias, é possível manter os colaboradores engajados e satisfeitos, além de diminuir a taxa de turnover (rotatividade dos funcionários de uma empresa).

No caso dos que moram muito longe do trabalho, por exemplo, uma alternativa pode ser proporcionar um horário mais flexível ou trabalho remoto, de modo que seja positivo para ambas as partes, mas entendendo as condições do colaborador, e as adequando o máximo possível.

 

 

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O que leva ao absenteísmo?

O clima organizacional pode revelar as justificativas de episódios de absenteísmo. É possível que certos colaboradores perturbem o bem-estar do grupo; ou que funcionários da empresa estejam insatisfeitos com a forma de tratamento interna; ou ainda que há uma distribuição de tarefas incorreta que sobrecarrega uns em favorecimento de outros; dentre outras possibilidades.

Ou seja, é fundamental que a empresa adote um posicionamento acolhedor, organizado e positivo, afinal, caso contrário, a tendência é que as pessoas se sintam desmotivadas e insatisfeitas nesse ambiente.

É claro que existem casos isolados em que a saúde dos colaboradores está comprometida e, por isso, precisa de cuidados especiais, o que justifica a necessidade de se ausentar diariamente.

Isso é mais comum principalmente em cargos que exigem esforços repetitivos. Porém, de qualquer forma, é possível que essa justificativa possa ser utilizada como argumento para cobrir um outro problema.

Por isso, cultivar uma boa relação interna com e entre os funcionários é crucial para evitar esse tipo de situação.

Dentro desse contexto, surge a grande questão: Qual a forma mais eficiente para evitar esse tipo de episódio? Primeiramente, cabe ao gestor de RH adotar estratégias eficazes capazes de trazer impactos positivos ao seu negócio!

Como lidar com o absenteísmo?

É importante entender o porquê de os colaboradores estarem faltando ao trabalho. Aqui, apresentamos algumas ações que você, RH, pode propor para lidar com o absenteísmo:

Invista em feedbacks constantes

Uma maneira de mensurar o desenvolvimento individual e corrigir os pontos negativos de um determinado colaborador é adotando feedbacks constantes.

Além de gerar valor para a empresa na visão do funcionário, a cultura de feedback reduz notadamente os índices de absenteísmo, reforçando a importância do comprometimento mútuo para o crescimento da organização.

O feedback, para ser efetivo, precisa ser emitido em local apropriado e ter a estrutura adequada. Verifique aqui alguns modelos. Sabemos que muitas organizações têm o dia a dia corrido. Por isso, a cultura de feedback pode ser altamente influenciada pelos feedbacks escritos. Na impulseup, existe um lugar específico para que os feedbacks sejam feitos a qualquer momento, basta ter acesso à Internet.

Além disso, o RH também pode acompanhar os feedbacks dos colaboradores, analisando e percebendo tendências de comportamento que podem ajudar a identificar possíveis causas de absenteísmo.

 

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Crie metas relevantes

Uma boa alternativa para reduzir o absenteísmo nas empresas é a criação de metas específicas para cada colaborador. Essas metas devem ser relevantes para o resultado da equipe a fim de que o colaborador desenvolva uma responsabilidade coletiva.

Assim, as tarefas do colaborador passam a interferir nos resultados do grupo e da empresa, o que causa um dever de comprometimento e responsabilidade.

Um método muito utilizado por grandes empresas do Vale do Silício como o Twitter, Linkedin, Dropbox e Airbnb, é o OKR (Objectives and Key Results – Objetivos e principais resultados), criado pelo ex-CEO da Intel Andrew Grove. Com essa técnica, é possível dividir os objetivos da empresa em resultados-chave menores, calculáveis e que podem ser acompanhados.

Além disso, também é possível fazer um “cascateamento de objetivos”. Assim, os objetivos da empresa tornam-se objetivos-pai dos OKR das áreas, que são atrelados, por sua vez, aos objetivos individuais. Assim, a visualização da necessidade e importância da contribuição de cada colaborador fica mais clara.

É importante que os colaboradores sejam lembrados da importância do seu trabalho, seja por reconhecimento, seja por gestão à vista. Na impulseup, a visualização dos OKR atrelados uns aos outros acontece da seguinte maneira:

Para saber mais sobre OKRs, não deixe de baixar o seu exemplar do Manual de OKR produzido pelos especialistas da impulseup. É gratuito!

Proponha planos de desenvolvimento individual (PDI)

Os PDIs são propostas que focam nas oportunidades de desenvolvimento de cada colaborador. Ele pode ser completamente personalizado, respeitando a forma como cada sujeito aprende. Por isso, para montar um PDI, é preciso que estejam presentes o funcionário, sua liderança e o RH.

Dentre suas principais vantagens, tem-se: maior produtividade, motivação, maior probabilidade de que as metas sejam cumpridas, aproximação entre colaborador e liderança e mais organização.

Quando falamos de organização, é preciso que os PDIs estejam sempre alinhados aos feedbacks, metas e avaliações de desempenho dos colaboradores. Além disso, tê-los anotados também é uma boa ideia. No impulseup, os PDIs, assim como os feedbacks e as metas, podem ser acessados de qualquer aparelho celular ou computador com acesso à Internet. 

Crie programas de treinamento e desenvolvimento

Programas de treinamento e desenvolvimento desempenham um papel crucial na redução do absenteísmo e no aumento do engajamento dos funcionários dentro de uma empresa. Fornecendo oportunidades de desenvolvimento para os funcionários, as organizações podem aprimorar seus conhecimentos, habilidades e competências, levando a uma maior satisfação e motivação no trabalho. 

Esses programas ajudam os funcionários a se sentirem valorizados e apoiados. Com isso, promove um ambiente de trabalho positivo que estimula a participação ativa e o comprometimento com a organização.

Resumindo, ao investir em programas de treinamento e desenvolvimento, as empresas podem reduzir efetivamente as taxas de absenteísmo e aumentar o engajamento dos funcionários ao promover uma cultura de aprendizado, crescimento e apoio dentro da organização.

Realize avaliações de desempenho (AD) periódicas

As avaliações de desempenho permitem ao colaborador identificar com precisão quais são seus pontos fortes e suas oportunidades de desenvolvimento em relação às competências essenciais para o desenvolvimento do trabalho.

Ademais, esse recurso permite atuar sobre o clima organizacional, que é um fator determinante para o absenteísmo. Avaliações de desempenho regulares permitem analisar competências técnicas e comportamentais dos colaboradores da empresa. Com essa técnica, é possível julgar o valor, a excelência e a qualidade de um colaborador e sua contribuição para o negócio da organização.

Além de auxiliar a identificar as competências mais relevantes que precisam ser desenvolvidas em um indivíduo ou equipe, as avaliações de desempenho aumentam a produtividade nas equipes, contribuem para um ambiente de trabalho mais participativo, aumentam o comprometimento dos colaboradores, entre outros.

Os relatórios dos resultados das avaliações de desempenho gerados pela impulseup são muito visuais, facilitando o seu entendimento. Veja só:

As avaliações de desempenho também podem ser utilizadas para identificar o perfil comportamental dos colaboradores, para então formar equipes completas e cada vez mais produtivas.

Plano de carreira

Um bom plano de carreira pode ser um atrativo para os colaboradores que buscam desenvolvimento da carreira e sucesso profissional.

Empresas que não desenvolvem esse tipo de programa podem enfrentar atrasos, queda de produtividade, faltas, desmotivação, mau relacionamento com os colegas e insubordinação por parte dos empregados.

Em contrapartida, quando o colaborador tem um plano de carreira, ele sabe que pode contar com a empresa no futuro e, por isso, a empresa provavelmente poderá contar com ele também. Nesse sentido, cabe aos gestores e ao RH dar-lhes ferramentas para que consigam traçar seu caminho na organização.

Avaliações de desempenho e feedbacks constantes que permitam ao RH identificar os gaps que os colaboradores precisam preencher para alcançar novas posições atuam impulsionando fortemente o desempenho de cada um deles, que tendem a se engajar cada vez mais no trabalho.

Ergonomia

A ergonomia é um campo de estudo que se concentra em avaliar e aprimorar a relação entre os seres humanos e seu ambiente de trabalho para otimizar o bem-estar geral e a produtividade. Dessa forma, ela abrange vários aspectos, como a ergonomia física, que está intimamente ligada à saúde física dos funcionários.

A ergonomia física visa melhorar as condições de trabalho para prevenir problemas de saúde. Assim, aborda desde a ventilação, iluminação e qualidade sanitária até a postura que os funcionários mantêm ao usar ferramentas como laptops. 

Em resumo, a ergonomia investiga o design e a disposição dos espaços de trabalho para garantir que sejam propícios à saúde e eficiência dos funcionários. Dessa forma há um aumento da satisfação e da qualidade de vida no trabalho, tendo como consequência a redução do absenteísmo. 

Adote políticas de reconhecimento

Sem dúvidas, a falta de reconhecimento é um dos principais fatores que são responsáveis pela desmotivação dos colaboradores. Com isso, eles tendem a produzir menos e com menor qualidade e por consequência, faltar no serviço.

Por isso, é indispensável adotar políticas de reconhecimento voltadas para as necessidades e a percepção de valor dos funcionários. Sendo assim, cada organização deverá desenvolver esse programa individualmente com base no perfil e comportamento da equipe.

Entre os benefícios comumente oferecidos pela empresa, estão:

  • Bonificação sobre metas batidas;
  • Day off (folgas);
  • Viagens;
  • Promoções.

O que é NR17 e qual sua relação com o absenteísmo? 

A NR17 é uma norma regulamentadora exigida pelo Ministério do Trabalho com o objetivo de fornecer diretrizes para aprimorar as condições de trabalho dos funcionários a fim de otimizar seu conforto, desempenho e segurança. Desse modo, essa norma estabelece regras que abrangem uma ampla gama de aspectos, desde as condições dos equipamentos até programas de saúde ocupacional e treinamento. 

Assim, a NR17 serve efetivamente como um guia de ergonomia para estabelecer princípios fundamentais para os ambientes de trabalho dos profissionais. Portanto, ao manter condições de trabalho adequadas e, consequentemente, melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores, esta norma desempenha um papel significativo na redução do absenteísmo no local de trabalho.

Como a cultura organizacional influencia nas taxas de absenteísmo?

A cultura organizacional é um fator significativo que influencia as taxas de absentismo dentro de uma empresa. Assim, uma cultura organizacional positiva, baseada na cooperação e colaboração, pode promover um ambiente de trabalho mais coeso, encorajando os funcionários a sentirem um senso de pertencimento e engajamento. 

Nessa cultura, os funcionários são mais propensos a se sentirem motivados a irem trabalhar, levando a taxas de absentismo mais baixas. Em contraposição, uma cultura organizacional negativa, que não valoriza a cooperação, contribui para relacionamentos tensos entre funcionários, levando a taxas mais altas de absentismo. 

Dessa forma, rituais, cerimônias e eventos dentro da empresa também desempenham um papel na formação da cultura organizacional e podem impactar as taxas de absentismo. 

Como o employer branding pode ser fortalecido com indicadores de absenteísmo?

A marca do empregador pode ser fortalecida utilizando indicadores de absenteísmo para implementar medidas preventivas. Assim, monitorar as taxas de absenteísmo e compreender suas implicações pode levar a melhorias organizacionais. 

Dessa forma, estratégias como melhorar a qualidade de vida, promover o engajamento no local de trabalho e colaboração em equipe, gestão eficaz de pessoal e promover uma cultura organizacional saudável são elementos-chave para alcançar esses objetivos. 

Conclusão

É possível partir do princípio que o absenteísmo pode ser mais que uma simples ausência.

Existem inúmeros motivos que ocasionam esse comportamento, incluindo a insatisfação no trabalho, pois, muitas vezes, a ausência é a saída para evitar desconforto e situações indesejáveis.

Por esse motivo, é fundamental bater na tecla do desenvolvimento do funcionário, além de entender os motivos de suas atitudes. Ao fazer isso, automaticamente toda a companhia é beneficiada, já que o colaborador se sente motivado e agrega ainda mais valor à organização, gerando mais produtividade e lucratividade.

Pensando nisso, que tal ler nosso artigo “Desenvolvimento de pessoas: case Facebook”? Nele, falamos sobre como o Facebook utilizou a avaliação de desempenho para o desenvolvimento dos funcionários, contando com igualdade, transparência e desenvolvimento.

 


 

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Gabriella

Gabriella

Graduanda em Psicologia pela Universidade de Brasília, já atuou como diretora de gestão de pessoas da Praxis Consultoria Jr. e possui experiência com software de Avaliação de Desempenho. Acredita que são as pessoas que impulsionam as organizações e por isso aposta na gestão de pessoas estratégica como forma de atingir resultados.

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